TRABALHOS // WORKS

Colagem analógica e fotografia,
2020

Utilizando o corpo como suporte para a criação de imagens abstratas, investigo a fricção entre corpo e imagem. Com técnicas de colagem analógica construo máscaras, paisagens e próteses capazes de deslocar espaços entre o objeto criado e corpo operante. Produzido em quarentena, o projeto foi realizado em colaboração com as moradoras da casa em que a artista residia na época. Em uma ação performática, a colagem interfere na pele e instiga a explorar e redescobrir o movimento do corpo que a veste. Coladas sobre rosto, mão e membros, incorporam suas formas e desconstroem suas características corpóreas, pretendendo ativar uma experiência artística, em sua percepção e plasticidade, que gere possíveis caminhos e reconstruções diante do auto-conhecimento e auto-imagem.

Instalação; papel, silkscreen e ventiladores
2019-2020, dimensões variadas

Neste trabalho imprimi 5 matrizes serigráficas criadas a partir de restos de recortes de papel em 60 páginas de uma publicação feminina dos anos 70 com tinta preta. Alterando a posição em que as telas são aplicadas e depois, combinando as folhas em um mosaico, cria-se uma paisagem que revela novas silhuetas nas impressões cobertas pela tinta, pretendendo abrir fissuras na imagem. Presas na parede apenas pelo topo, os papéis se balançam com o vento produzido por um pequeno ventilador.

'Colagem analógica, vidro, madeira
2018

Elementos artificiais e organicos se misturam e contrastam através de recortes intutivios e composição de imagens de revistas e outros elementos como folhas. Cada trabalho da série, prensado em vidro sobre suporte de madeira, é um trabalho-objeto que tem dois lados, duas possibilidades de como ser visto, que se completam e opõem. Com esse trabalho questiono dicotomias como amor e ódio vida e morte, organico e artificial, feminino e masculino, procurando novas realidades ao superar a dualidade.

A Oficina Colagem Poética é um projeto artístico-pedagogico sobre poesia visual na colagem. Utilizando ferramentas práticas e teóricas e exercícios dinâmicos,
exploramos o potencial poético e subjetivo da colagem, pesquisando o vazio, avessos, sobras, positivo/negativo e a criação de metáforas visuais. A oficina acontece desde 2018 e já foi realizada em diversos espaços culturais no Rio de Janeiro (Void, Casa Ipanema, Organi.co Atelier, Centro Municipal de Artes Hélio Oiticica), São Paulo (Bravas) e Brasília (A Pilastra) recebendo até 20 participantes por turma.

Colagem analógica e em impressão a laser sobre papel couché
2018

“O estranho é apenas os padrões de inteligibilidade do avesso“ é a citação que abre essa publicação.
Utilizando recortes de 4 páginas de uma revista de moda, criei uma série de composições combinando os dois lados do recorte, sua frente e seu “avesso”, que não tinha a intenção se de ser visto.

A série de colagens foi impressa em formato de zine, criando uma narrativa visual sobre
apropriação e reprodução da imagem.

Colagem analógica, impressão a laser sobre papael couché, cartolina vermelha e linha
2018

Feminilidades Disformes é uma série de colagens analógicas criadas a partir da fragmentação e descorporização de imagens que retratavam um bordel. Intendo a partir do recorte desconstruir a imagem da mulher como uma máquina de reprodutora e sexual e incorporando conceitualmente a queda, o vazio e o espaço na imagem. A série foi reproduzida e publicada em zines costurados á mão em formato sanfonado, intercalando colagem e papel cartão vermelho.

Serigrafia sobre algodão preto,
2020
2x1,40m

Cobrindo com tinta preta sobras de recortes dos meus processos e oficinas de colagem analógica criei matrizes serigráficas que aqui imprimo sobre o tecido, trocando suas posições e fazendo sobreposições de cores e formas. Sem composições previamente definidas, a decisão do local, cor e direção das aplicações foram decididas espontâneamente em um processo experimental que levava em conta principalmente a posição do corpo no processo de impressão.